A ameaça, que tomou forma vultuosa a partir da propagação de pragas como MyDoom, Netsky, Bagle e Sasser em 2004, já atinge "diversos milhões" de computadores, disse a empresa de segurança.

As redes zumbi, assim chamadas por serem formadas por milhares - e até mesmo milhões - de máquinas contaminadas por códigos maliciosos, são controladas remotamente pelo criador do vírus que a infecta. Na mão dos criminosos, as redes podem ser orientadas remotamente para enviar pedidos de conexão a um determinado website, tirando-o do ar por não conseguir responder a todas as máquinas simultaneamente.

A Kaspersky afirma ainda que, com o poder de tirar uma página do ar, os criminosos chantageiam empresas que pagam grandes quantias de dinheiro para não terem seus websites tirados do ar. O relatório afirma ainda que as máquinas infectadas podem ser utilizadas como emissores automáticos de spam e também de cavalos-de-tróia, que buscam capturar dados pessoais e financeiros das vítimas, enviando-os aos cibercriminosos. Neste último caso, a Kaspersky afirma que os criminosos brasileiros são lideres mundiais em quantidade de roubos, cavalos-de-tróia e máquinas infectadas em redes zumbi específicas.

Historicamente, as redes zumbi se fixaram como a principal ameaça à web a partir do surgimentos dos vírus MyDoom, Sasser, netsky e Bagle, que utilizavam suas redes de computadores infectados para enviar spam e espalhar mais cópias dos vírus a usuários desprotegidos. As primeiras redes, no entanto, surgiram em 2002, crescendo de maneira proporcional ao número de internautas ao redor do mundo e vulnerabilidades críticas detectadas no sistema operacional Windows, da Microsoft.

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